Seminário e oficina em Caxias

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Texto por
Comunicação Casa
Data
21 de maio de 2013

Quais são os desafios da metrópole do Rio de Janeiro? O que tem sido feito para superá-los? O que falta fazer? Acadêmicos, ativistas de movimentos sociais, agitadores culturais e estudantes respondem a essas perguntas nesta sexta-feira, 24 de maio, no seminário Pensando a Metrópole, no campus da Faculdade de Educação da Baixada Fluminense (FEBF) , da Uerj, em Caxias. O evento dá início à elaboração da Agenda Rio 2017, iniciativa da Associação Casa Fluminense que vai mobilizar vozes diversas sobre as políticas e estratégias necessárias para o Rio de Janeiro.

Após o seminário, em conjunto com o Movimento Enraizados e o coletivo Mate com Angu, a oficina Segurança Cidadã na Baixada Fluminense será realizada  para a mobilização por novas políticas de segurança e a superação da violência na região, onde  o número de homicídios vem crescendo significativamente em relação a 2012 e tem sido registradas as maiores taxas de homicídios no Estado. “A oficina será o início de  um processo de mapeamento dos locais com maior incidência de violência contra a juventude negra. Vamos usar as redes sociais para que a população possa contribuir para esse levantamento e também mapear quais são os equipamentos públicos presentes nas áreas mais violentas”, diz Dudu de Morro Agudo, presidente do Movimento Enraizados.

“A política de segurança do estado tem mostrado resultados no município do Rio de Janeiro, mas a Baixada permanece a região com as maiores taxas de homicídio; no mesmo sentido, o investimento em metrô na zona central da cidade contrasta com o abandono de uma imensa malha de trens que servem à Região Metropolitana. Esses e outros exemplos mostram que pouco tem sido feito para a superação da desigualdade no Rio”, ilustra José Marcelo Zacchi, diretor da Casa Fluminense.

Zacchi fará a abertura do evento, ao lado de  Dudu e de Neiva Vieira da Cunha, professora da FEBF/UERJ e pesquisadora do LeMetro/UFRJ. Para ela, o seminário é a realização de uma aspiração antiga. ”Há algum tempo tentamos ampliar o debate público, focado sempre na capital, para incluir também as regiões periféricas. A parceria com a Casa Fluminense é importante para dar visibilidade aos problemas da região”, avalia.

Na sequência do encontro, participarão das duas mesas enfocando os desafios metropolitanos o economista Mauro Osorio,  coordenador do Observatório de Estudos do Rio de Janeiro, da UFRJ; Jorge Luiz Barbosa, diretor do Observatório de Favelas;  Alvaro Ferreira, professor da FEBF e pesquisador do Núcleo Interdisciplinar de Estudos da Baixada Fluminense, também vinculado à UERJ; e Helio Raymundo Santos Silva, do ISER – Instituto de Estudos da Religião.

O seminário em Caxias é o primeiro de uma série de encontros temáticos que serão realizados em vários locais da região metropolitana pela Casa Fluminense ao longo de 2013. Através dos debates e do seu site, a associação vai recolher depoimentos de cidadãos fluminenses sobre as prioridades do Estado e sobre políticas e ações que deveriam estar em curso para que o Rio seja o lugar que esperam depois de 2016. A agenda de visões e propostas resultante representará a contribuição inicial da Casa para o debate público no Rio e orientará sua atuação permanente em favor de uma existência carioca e fluminense mais igual e democrática.

Programação

Seminário Pensando a Metrópole

14h

José Marcelo Zacchi (diretor da Casa Fluminense e pesquisador do IETS)

Neiva Vieira da Cunha (professora da FEBF/UERJ e pesquisadora do LeMetro/UFRJ)

Dudu de Morro Agudo (coordenador do Movimento Enraizados)

14h30

Jorge Luiz Barbosa (diretor do Observatório de Favelas e professor da UFF)

Alvaro Ferreira (professor da FBEF/UERJ e pesquisador do NIESBF)

16h

Mauro Osorio da Silva (economista e coordenador do Observatório de Estudos do Rio de Janeiro- FND/UFRJ)

Helio Raymundo Santos Silva (professor da FBEF/UERJ e presidente do ISER)

Oficina Segurança Cidadã na Baixada Fluminense

18h

Propostas para a superação da violência na região com as maiores taxas de homicídios no Rio hoje e formação do Núcleo de Articulação para a Superação da Violência Contra a Juventude na Baixada.

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