Saúde, qualidade de vida, sustentabilidade são mais do que chamados para um novo padrão de vida no nosso tempo. São marcos de diretrizes para o desenvolvimento e competitividade econômicos, definindo atores, locais e regiões vocacionados para a inovação.
Nos municípios de Japeri, Guapimirim, Magé, Belford Roxo e Paracambi, há capacidade de oferecer trabalho com carteira assinada para não mais que 13% da população residente.
Como não poderia deixar de ser, com seu tamanho e complexidade, o Rio é um espaço econômico diverso, sem que um ou mais setores específicos possam reivindicar o posto de alavancas solitárias para sua expansão. Mas o potencial da cidade para buscar o espaço nas fronteiras da inovação econômica é notável, partindo das possibilidades de avançar da condição de base da indústria estadual de petróleo e gás para converter-se em plataforma de fomento a energias renováveis no país, e alcançando as múltiplas opções de expansão do protagonismo cultural, criativo, turístico e de educação, pesquisa e serviços sofisticados nos planos nacional e global.
Esses são também setores com vocação particular para a geração de cadeias de oportunidades múltiplas, para novos empreendedores, pequenos e médios negócios e inserção de grupos sociais diversos. Posicionando a cidade na linha de frente da economia urbana contemporânea, projetando identidade convergente com sua vocação para o bem viver, criatividade e sintonia com a natureza e amparando a democratização de oportunidades, essas são frentes que uma visão positiva de desenvolvimento para o Rio não pode deixar de abraçar.
- Adotar programas de fomento a negócios ligados a energias renováveis, com atuação local, estadual ou nacional, estimulando a conexão com o setor de petróleo e gás, universidades e centros de pesquisa e a experimentação na cidade de projetos inovadores (geração local de energia solar e eólica, veículos elétricos, construções sustentáveis etc.).
- Afirmar a identidade da cidade com a economia verde, criativa e do conhecimento, valorizando agentes locais de cultura, moda, gastronomia, produção audiovisual, tecnologia, meio ambiente, esporte e turismo de negócios e lazer, e ampliando programas de fomento e suporte ao seu desenvolvimento.
- Favorecer o desenvolvimento local na Baixada Fluminense e no Leste Metropolitano, com o apoio a produtores culturais e agentes de inovação locais, criação de parques tecnológicos, conjugação de atividades econômicas tradicionais com empreendimentos de economia solidária e inserção de empreendedores informais regularizados nas cadeias de negócios e criação de polos locais de turismo ecológico, reunindo e valorizando a rede de parques e áreas de preservação ambiental na região.
- Incentivo a projetos de agricultura e agroecologia urbanos no interior da metrópole e na Zona Oeste da capital, criando novas oportunidades econômicas com a produção local de alimentos, favorecendo a regulação climática da cidade e ampliando a oferta de produtos de menor custo e mais saudáveis para seus habitantes.
- Fomentar o desenvolvimento de novos arranjos produtivos e laborais, com o estabelecimento de um ambiente de negócios que promova espaços compartilhados de produção, não só de alta tecnologia, mas que também atenda negócios de áreas periféricas da Região Metropolitana, com o suporte a indústrias de pequeno e médio porte, como movelaria, produção têxtil e de cosméticos etc., e a expansão de programas de suporte à formalização e inserção econômica plena de negócios locais.