05. Saneamento Básico e Baía de Guanabara

Vitalidade e Qualidade de Vida nas águas da Baía

Da diversidade de paisagens naturais que constituem a Região Metropolitana do Rio de Janeiro, a Baía de Guanabara, sem dúvidas, se destaca como coração do tecido urbano que se expande em todas as direções de seu entorno. Mais de 8,7 milhões dos fluminenses vivem em sua bacia, mas apenas 27% contam com rede de coleta e tratamento de esgoto, pelos dados do ICMS Verde.

O estado atual da Baía é devido a diversos erros anteriores. Espacialmente anteriores nos diversos rios que nascem límpidos na mata atlântica e se convertem em valões correndo em sua direção. Temporalmente anteriores diante das promessas olímpicas e dos sucessivos programas para sua recuperação descontinuados.

As Estações de Tratamento de Esgoto construídas na década de 1990, durante o Programa de Despoluição da Baía de Guanabara – PDBG, operam muito abaixo de suas capacidades por falta de redes coletoras que alimentem as estações de tratamento com o esgoto das residências. Avançar na construção dessas redes e nas ligações domiciliares é a maneira mais eficaz de interromper a marcha de poluição dos diversos rios que afluem à Baía de Guanabara e dela própria.

A repactuação do sistema de governança deve ser uma aliada para o cumprimento das premissas de universalização do acesso à água potável, de melhora acentuada na gestão dos resíduos sólidos e de aumento da resiliência urbana para a mitigação das enchentes. Todas essas, vale dizer, que impactam de maneira muito mais intensa a vida dos mais pobres em todo o mundo e, não diferente, na metrópole.

Agenda Rio 2030 propõe: a conclusão das obras do PSAM (Programa de Saneamento Ambiental dos Municípios do Entorno da Baía de Guanabara) e a ampliação da rede de tratamento de esgoto, além da expansão da coleta seletiva com a inclusão remunerada de catadores, entre outros.

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