Por uma política metropolitana no Rio

Categorias
Texto por
Comunicação Casa
Data
18 de outubro de 2018

Por Henrique Silveira e Vitor Mihessen
12/10/2018

Novamente vamos às urnas decidir quem nos representará nos governos estaduais e federal. No Rio, as candidaturas precisam apresentar caminhos para superarmos a grave crise que atinge o país e o estado. A urgência de coordenação política e a necessidade de planejamento das políticas públicas podem ser o impulso para a retomada da governança metropolitana no Rio, conforme determina o Estatuto da Metrópole.

A boa notícia é que alguns passos já foram dados. Em junho, o governo do estado entregou o Plano Metropolitano, que apresenta uma visão de futuro para a metrópole fluminense. O documento foi coordenado pela Câmara Metropolitana e produzido pelos escritórios Jaime Lerner e Quanta Consultoria.

O Rio tem o maior tempo médio de deslocamento casa-trabalho no Brasil. O diagnóstico do Plano Metropolitano revela a necessidade de estimular o desenvolvimento das centralidades urbanas e tratar as profundas desigualdades sociais e espaciais. A mensagem central é a construção de uma estrutura urbana polinucleada, que aproxime a moradia dos locais com maior oferta de emprego e serviços. Priorizar programas de desenvolvimento urbano, social e econômico na Zona Oeste, na Baixada e em São Gonçalo, assim como a produção de habitação social em áreas centrais, pode reduzir a necessidade dos longos deslocamentos diários.

O novo governador tem o desafio de continuar o trabalho iniciado pela Câmara Metropolitana e lançar as bases para um novo padrão de desenvolvimento urbano no Rio, mais compacto, inclusivo e sustentável.
Com esse olhar metropolitano, a Casa Fluminense e sua rede de parceiros da sociedade civil vêm trabalhando na construção coletiva de uma agenda comum que propague essa visão e estimule ações do poder público. A Agenda Rio 2030 é a síntese deste conjunto de propostas e uma das ferramentas do movimento Rio por Inteiro, que visa a fomentar a participação social nas eleições. O passo seguinte é monitorar esses compromissos, exigindo transparência e participação social.

Henrique Silveira é coordenador executivo da Casa Fluminense e Vitor Mihessen é coordenador de informação da Casa Fluminense

Publicado originalmente em O GLOBO – OPINIÃO com o título “Integração metropolitana”

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