Cidades são feitas de pessoas, e precisam ser, antes de tudo, plataformas de fruição e encontro para elas. São criações sobre espaços naturais, e realizam-se pela habilidade de estabelecer relações saudáveis e positivas com eles.
Sede da maior floresta urbana do mundo, a cidade metropolitana do Rio possui cerca de 90 mil hectares de áreas protegidas, o equivalente a 16% de seu território, e conta com 183 unidades de conservação.
A proposta, que define muito dos fundamentos de boas cidades de nosso tempo, encontra no Rio uma das ilustrações naturais mais evidentes para si. A vitalidade cultural, esportiva e das paisagens naturais da cidade e sua disposição para o convívio no espaço público estarão sempre entre seus ativos mais singulares.
70% das ruas no município do Rio são arborizadas. Em São Gonçalo essa taxa é de apenas 34%.
O espaço é vasto, no entanto, para desfazer a degradação de áreas verdes na extensão plena do seu território, qualificar a relação cotidiana com a natureza e os espaços coletivos e revelar o potencial inexplorado da vitalidade criativa na experiência da cidade como um todo. Também aqui, o Rio será sempre mais belo na proporção direta de mais inteiro, ícone potencial de realização urbana saudável, sustentável e feliz.
- Valorização dos parques, praças, espaços públicos e áreas de preservação na metrópole, com a promoção do uso comunitário e turístico deles, ampliação de investimentos na sua conservação, apoio a iniciativas de recuperação de áreas degradadas e incentivo a novas formas de uso coletivo dos espaços (criação de novas áreas de pedestres e convivência, espaços de prática esportiva, hortas e jardins comunitários, uso eventual de ruas para atividades de lazer, feiras e eventos coletivos etc.).
- Ampliação de programas de arborização urbana e reflorestamento, com plantio de árvores nas vias públicas, recuperação de encostas, morros e parques e incentivo a experiências inovadoras de painéis, telhados e construções verdes, universalizando a presença de vegetação na paisagem urbana de toda a cidade.
- Expansão de oportunidades de prática cultural, esportiva e de lazer, adotando a meta universal da disponibilidade de equipamentos públicos para elas em todos os bairros, segundo as vocações e necessidades de cada região, promovendo sua conservação e uso regulares e expandindo programas de fomento às atividades de esporte e cultura no cotidiano da cidade e de todas as faixas etárias.
- Adoção de políticas de incentivo à construção sustentável, por meio de instrumentos fiscais, atualização de regras construtivas e inovação na construção e gestão de recursos nos prédios e equipamentos públicos.