No dia 10 de dezembro é celebrado o Dia Internacional dos Direitos Humanos, a preservação da vida e segurança pessoal estão entre as principais garantias dessa diretriz. Na luta pela igualdade desses direitos, a Rede de Comunidades e Movimentos contra a Violência atua pela metrópole apoiando e denunciando casos de violência policial e racismo estrutural. Com trabalhos nos territórios e também de incidência política e jurídica, a Rede vem a mais de uma década buscando justiça para familiares e pessoas vítimas da violência do estado. Conheça mais do trabalho da organização:
1- Atuação da Rede
A organização é um movimento social formado por familiares de vítimas que, através da pressão social, lutam contra a violência de Estado. O perfil dos integrantes da rede são em sua maioria de mulheres negras que tiveram seus filhos, maridos, netos entre outros parentes assassinados ou desaparecidos durante ações policiais. Sem respostas, elas se uniram à Rede para buscar justiça e reparação. Elas estão presentes em audiências públicas legislativas, nos tribunais e também nas discussões nacionais que vêm ocorrendo junto ao Supremo Tribunal Federal, como a da ADPF das Favelas.
2- Conversa com o território
Com atuação ampla, a Rede está presente apoiando inúmeros casos pelo Rio de Janeiro. Esse apoio se dá principalmente através de orientação jurídica, atendimento psicológico, campanhas de denúncia, manifestações nas ruas e rodas de conversa nos territórios. Além da violência policial, durante a pandemia, a Rede ampliou seu atendimento para lidar com a violência do estado e falta de assistência à aqueles que ficaram desamparados no meio da crise sanitária. Sem emprego, em muitos lugares faltou comida, álcool, gel e máscara para as famílias em vulnerabilidade social. Por isso, a Rede passou a atuar também na distribuição de cestas básicas e em conversas de conscientização sobre as urgências causadas pela COVID-19.
3- Efeito da Rede
Fortalecer, mobilizar, orientar e articular são as palavras de ordem e de gestão da Rede de Comunidades e Movimentos contra a Violência. Com apoio do Fundo Casa, a organização vem conseguindo enfim se formalizar. O recurso foi usado para garantir as primeiras ações de fortalecimento institucional, como a criação de um CNPJ, investimento na capacitação da equipe e a ampliação das ações de incidência pública. A integrante e uma das fundadoras da Rede , Patricia Oliveira, explica os principais efeitos dessas mudanças.
“Com o Fundo conseguimos fortalecer o nosso movimento e o mais importante mobilizar e chegar a cada vez mais pessoas. Ampliamos o número de pessoas atendidas e conseguimos garantir uma ajuda de custo para quem está longe ter acesso a nossas atividades. Agora que nós formalizamos também temos planos de tentar ainda mais editais ano que vem, antes desse fortalecimento institucional isso não era possível”, contou Patricia.
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