Uma nova instituição da sociedade civil, formada por integrantes de instituições e movimentos sociais diversos da cidade e da região metropolitana do Rio de Janeiro, será lançada no próximo dia 27 de abril no Centro Cultural de Santa Cruz. Dedicada a fomentar a proposição de políticas direcionadas à redução da desigualdade e ao aprofundamento democrático em todo o Rio, a Associação Casa Fluminense pretende monitorar investimentos governamentais, mapear a situação de equipamentos e programas públicos, formar lideranças e articular esforços para a elaboração e defesa de propostas voltadas aos desafios do Estado.
“O Rio avançou no campo econômico e da redução da violência, mas a desigualdade social e a extensão das conquistas à cidade e à metrópole como um todo permanecem como um grande desafio. Ao mesmo tempo, temos assistido a um histórico de conflitos relacionados a investimentos governamentais que mostra a necessidade de aprimorarmos mecanismos de participação democrática e transparência na gestão pública”, diz José Marcelo Zacchi, pesquisador do Instituto de Estudos do Trabalho e Sociedade (IETS) e diretor executivo da Casa.
A Casa Fluminense é aberta a todos que se identifiquem com suas propostas e queiram contribuir. Seu conselho deliberativo reúne pessoas ligadas a diversas instituições, entre elas: ISER, Observatório de Favelas, Meu Rio, Redes de Desenvolvimento da Maré, Movimento Enraizados, Fundação Getúlio Vargas e UFRJ, além do IETS e da Agência de Redes para a Juventude. Somando-se ao universo vibrante da sociedade civil comprometida com a promoção da cidadania em toda a cidade, metrópole e estado, a Casa busca inovar também nos modos de financiamento da sua atuação, prescindindo do recebimento de recursos públicos e contando com contribuições individuais de seus associados e apoiadores, além de parcerias com agências de fomento e outras organizações da sociedade civil, para a manutenção permanente da sua vocação autônoma e propositiva.
Agenda Rio 2017
A primeira ação da Casa Fluminense, a Agenda Rio 2017, vai promover uma série de encontros temáticos distribuídos pela região metropolitana e recolher depoimentos de especialistas e moradores sobre as prioridades que identificam e o que acreditam não estar sendo feito hoje para que o Rio seja o lugar que esperam depois de 2016. A agenda de visões e propostas resultante representará a contribuição inicial da Casa para o debate público no Rio e orientará sua atuação permanente em favor de uma existência carioca e fluminense mais igual e democrática.