A Ocupação Vito Giannotti é localizada no Morro do Pinto e foi fundada em 2016 pela União de Moradia Popular no Rio de Janeiro em parceria com a Central dos Movimentos Populares e o Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas. Em meio a zona portuária da cidade do Rio, a ocupação se instalou em um antigo hotel da região que já estava abandonado há cerca de 20 anos. Atualmente com 25 famílias, a luta é para que o prédio que pertence ao INSS seja requalificado e se torne, enfim, uma política habitacional.
1- Atuação da ocupação
A União de Moradia Popular no Rio de Janeiro está há mais de 20 anos trabalhando no território e atualmente possui cinco projetos ativos. A principal luta é pela organização de cooperativas habitacionais populares para a produção de moradia por autogestão. Nesse modelo, a ideia é organizar e mobilizar grupos de moradores de comunidades e população sem teto para que possam reivindicar pelo seu direito à moradia, além de participar da gestão dos projetos habitacionais onde irão viver. Um primeiro passo que a ocupação tem lutado para conseguir é a requalificação do prédio, isso vai garantir que nenhuma família seja removida.
2- Conversa com o território
A região central da cidade do Rio de Janeiro é vista como um território estratégico para se pensar em moradia popular por ser a área que mais concentra oportunidades de emprego e facilidade no acesso à direitos básicos como saúde, educação e cultura. Além desses atrativos, o centro do Rio ainda possui inúmeros imóveis e terrenos públicos abandonados que, para o coordenador da União de Moradia Popular no Rio de Janeiro, Felipe Nin, podem se tornar habitações.
“Essa região deveria ser uma prioridade para pensar em habitação popular, hoje a ocupação é uma importante representação dessa luta por moradia. Nosso objetivo é que a ocupação consiga estruturar 28 moradias neste prédio”, contou Nin.
3- Efeito Ocupa Vito Giannotti
A ocupação leva o nome do educador, comunicador popular e fundador que criou o Núcleo Piratininga de Comunicação (NPC), Vito Giannotti. Apesar de já abrigar 25 famílias, ainda faltam estruturas básicas para garantir a segurança dessas pessoas. Pelo tempo de abandono, o prédio precisa passar por algumas intervenções. Por isso, o grupo tem utilizado o recurso do fundo para restaurar e avançar em obras emergenciais da ocupação por moradia.