Mídia, Eleições e Segurança Pública: há alguma relação entre eles?

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Texto por
Comunicação Casa
Data
20 de setembro de 2018

O Coletivo Intervozes, que cadastrou propostas pela democratização dos meios de comunicação no estado do Rio [você pode conhecer e apoiar clicando aqui], vai realizar no dia 26 de setembro no Museu da Maré, o  debate “Mídia, Eleições e Segurança Pública”  para a qualificação do debate sobre segurança e justiça nessas eleições e discutir a importância dessa relação com o papel dos meios de comunicação

Nessas eleições, o número de candidatos/as buscando projeção e voto dos eleitores a partir de propostas inconsistentes para o problema da segurança pública só cresce. A poucas semanas do primeiro turno, a violência segue sendo tratada de forma rasa e não são poucas as candidaturas que oferecem aos cidadãos respostas sem planejamento e comprovadamente ineficazes. Parte dessas respostas vem sendo gestada e propagada nacionalmente nos chamados programas policialescos. Mesclando populismo político, conteúdos sensacionalistas – que em grande parte violam direitos humanos – e práticas assistencialistas, muitos apresentadores desses programas agora também são candidatos nas Eleições 2018. Vistos pela população como “salvadores” ou “protetores”, se beneficiam do espaço privilegiado da radiodifusão para fins estritamente privados: sua ascensão política.

Durante o debate, o Intervozes apresentará o resultado do levantamento, realizado pelo coletivo em 10 estados do país (PA, CE, PB, PE, BA, MG, RJ, ES, SP e PR) e no Distrito Federal, que revelou um total de 23 apresentadores e repórteres de programas policialescos que disputam o voto do eleitor no próximos dia 7 de outubro. Eles são candidatos a deputados estaduais e federais e também ao Senado, vários buscando a reeleição.

Embora a legislação eleitoral impeça a aparição dos candidatos em tais programas durante o período de campanha, não há uma legislação específica que coíba a presença de políticos com mandatos em vigência na apresentação de programas de rádio e TV.

O levantamento também mostra que a maior parte desses apresentadores e repórteres participa das Eleições 2018 em partidos que tem a família e a religião como bandeira, numa suposta contradição com o discurso de ódio pregado em parte significativa dos programas em que atuam. A organização levantou ainda, nos estados pesquisados, os candidatos e candidatas oriundos das forças de segurança (Polícia Militar, Civil, Exército, Bombeiros, entre outras). Eles ultrapassam 800 candidaturas.

A atividade faz parte da Campanha #EleiçõesSemTruque, uma iniciativa da Rede de Justiça Criminal que busca ajudar a munir eleitores e eleitoras de informação e questionamentos para que possam identificar propostas ilusionistas sobre segurança pública e combate à violência.

Acesse o evento no FB e participe!

Mais informações: [email protected]

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