O lar precisa ser um espaço de segurança e acolhimento, é isso que a Casa Dulce Seixas oferece para a população LGBTQI+ em vulnerabilidade social que chega até o projeto. Localizada em Nova Iguaçu, a casa é o primeiro espaço de acolhimento da Baixada Fluminense voltado para esse público. O perfil principal dos acolhidos são jovens que precisaram sair de casa por conta do preconceito e da violência. Entenda mais sobre o trabalho da Casa Dulce:
1- Atuação no acolhimento
Com o apoio do edital Fundo Casa, a organização conseguiu fazer uma reforma no espaço que antes sofria com a falta de estrutura. Essas mudanças chegam em um momento em que a Casa Dulce busca se estruturar e criar mais linhas de ações. Hoje o espaço já faz a acolhida de jovens de várias regiões da metrópole que chegam até lá com histórico de violência. Um dos objetivos da organização é fornecer apoio psicológico a essas pessoas e também ajudar cada um deles a conseguir autonomia emocional, financeira e profissional. Para isso, a Casa busca fornecer oficinas e cursos profissionalizantes, para o próximo ano a ideia é amplificar ainda mais as ações de formação.
2- Conversa com o território
Por ainda ser um espaço novo no bairro Kennedy, em Nova Iguaçu, o grupo ainda busca estratégias para criar mais laços com o território. A psicóloga e integrante da organização, Davlyn Lótus, contou das dificuldades e da necessidade de maior integração entre a Casa Dulce e os moradores da região.
“O nosso território ainda é muito descomprometido com a nossa pauta, aqui na Baixada Fluminense ainda existe uma falta de conhecimento sobre nós. Acaba que ainda somos vistos como corpos ‘aberrações’, então o nosso trabalho é ajudar a juventude a lidar com essa violência. Ainda estamos em um momento em que nossos corpos são fetichizados, mas não são respeitados”, explicou.
3- Efeito Casa Dulce
O grupo que organiza a casa contou também sobre o intenso número de casos de pessoas trans e travesti que permanecem sendo mortas brutalmente nos arredores da região. Um dos projetos da Casa Dulce para conseguir incidir nesse problema é estruturar o espaço para que ele não seja só de acolhimento, mas também cultural. No futuro a Casa quer se tornar um ponto de encontro e troca onde as pessoas do território possam frequentar, se aprimorar com as oficinas e também desconstruir tabus. Elas acreditam que a melhor forma de integrar mais a população LGBTQI+ com território é estimulando uma troca de saberes e ampliando o debate sobre cultura da liberdade de gênero e sexual.
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