Fórum Rio debate o Plano de Desenvolvimento da Região Metropolitana em Queimados

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Texto por
Comunicação Casa
Data
2 de dezembro de 2015

Com a presença do prefeito de Queimados, Max Lemos, de Vicente Loureiro, diretor-executivo da Câmara Metropolitana de Integração Governamental, e de mais de 150 pessoas durante todo o dia de sábado na Escola Municipal Professor Leopoldo Machado, a sexta edição do Fórum Rio ampliou o debate sobre o Plano de Desenvolvimento da Região Metropolitana, cuja elaboração está em curso pelo governo do estado, num encontro plural e rico em repertório na Baixada Fluminense.

Associados e parceiros da Casa Fluminense, além de outros atores engajados na construção de uma metrópole mais justa, democrática e sustentável, participaram de dez mesas temáticas, que aconteceram simultaneamente na parte da manhã, junto a intervenções culturais e oficinas. À tarde, na plenária, cerca de 20 pessoas tiveram a oportunidade de responder à pergunta central do evento: quais devem ser as ações e metas prioritárias do Plano de Desenvolvimento Metropolitano?

Cada uma teve cinco minutos para discorrer sobre assuntos de seu interesse e seus campos de atuação. Entre os diversos temas pautados, a governança da Baía de Guanabara, a melhoria dos trens e a mobilidade urbana, o consórcio entre municípios da metrópole na área da saúde, o destino do lixo gerado pela população da Baixada Fluminense, a CEDAE e as instâncias democráticas de participação social geraram reações distintas da plateia, entre aplausos e pedidos por mais atenção do poder público.

“O que se discute aqui hoje é a ideia de um Rio inteiro, uma cidade metropolitana, com identidades diversas e camadas diversas. Nessa perspectiva, como orientar investimentos sociais? É fundamental que os governos apontem metas e tenham mecanismos de controle e monitoramento, divulgando com transparência essas metas. Transformações demandam engajamento, que demanda transparência, que demanda participação”, argumentou José Marcelo Zacchi, diretor-executivo da Casa Fluminense, durante a plenária.

simas no 6forum

Debate sobre o livro “O Meu Lugar” (Foto: Bernardo Calil)

Melhorias e desafios em Queimados

Na plenária, o prefeito de Queimados, Max Lemos, e dois de seus secretários – Ribamar Dadinho, dos Direitos Humanos, e André Bianchi, de Urbanismo – pautaram assuntos relacionados a um dos municípios da metrópole que mais receberam investimentos dos governos do estado, da União e de órgãos internacionais de financiamento nos últimos anos. Para Lemos, é fundamental que as prefeituras tenham planejamento e invistam em projetos.

“Que as prefeituras possam entender que, sem planejar, se pensar só no dia a dia, as oportunidades se perdem. Ofereçam projetos e corram atrás de recursos para tirar do papel. Em vez de usar os 20 milhões que têm para fazer obra, usem parte disso para projeto e façam 400 milhões em obra depois”, afirmou o prefeito. “Independente disso, existem setores que não se discutem sem uma perspectiva metropolitana. Esgoto, por exemplo. Despoluição da Baia de Guanabara. Saúde. Se não discutir a conjuntura, os municípios do entorno continuarão mandando pessoas para os hospitais do Rio. Mobilidade urbana, então, nem se fala”, completou.

Diretor-executivo da Câmara Metropolitana, órgão do governo do estado, Vicente Loureiro destacou a importância do Plano de Desenvolvimento para a sequência dos trabalhos nos próximos anos: “Nossa bússola será o Plano. É fundamental que tenhamos este documento norteador com bases sólidas, para que possamos desenvolver e garantir que as políticas sejam de Estado, não de governo. Os desafios são enormes e diversos. Em relação aos hospitais, por exemplo, 80% dos leitos da metrópole estão no Rio. Isso não é possível sob diversos pontos de vista, inclusive de mobilidade urbana, de logística, de qualidade de vida”.

Encontro itinerante da rede de associados e parceiros da Casa Fluminense, que acontece três vezes por ano em pontos diversos da cidade metropolitana, o Fórum Rio contou com dez atividades na parte da manhã – selecionadas após abertura de inscrições públicas e abertas a toda e qualquer organização com atuação em um dos 21 municípios da metrópole. Confira:

Mobilidade, Transporte e Cidadania
Coordenação: Queimados pedalando para o futuro e Grupo de Estudos sobre mobilidade urbana, transporte e cidadania

Políticas de prevenção à violência: O que fazer?
Coordenação: Fórum Grita Baixada

Dilemas e desafios do saneamento básico na região metropolitana
Coordenação: MPS – Movimento Pró-Saneamento e Meio Ambiente da Região do Parque Araruama – São João de Meriti/RJ

Economia Criativa e Desenvolvimento: Apresentação da primeira experiência de Coworking na Baixada Fluminense
Coordenação: Gomeia Galpão Criativo

Terrenos baldios e imóveis abandonados: O que o poder público pode fazer?
Coordenação: IPPUR/UFRJ

Transparência, Controle social e orçamento público: Apresentação de análise sobre três orçamentos municipais da Baixada Fluminense
Coordenação: Observatório Social de Duque de Caxias

Lançamento e debate sobre o livro “O Meu Lugar”, com os organizadores da obra, Luiz Antônio Simas e Marcelo Moutinho
Coordenação: Mórula Editorial

Eco Museu: Aprofundando conhecimento e demandas do território
Coordenação: EcoMuseu de Sepetiba

Índice de Bem-Estar Urbano (IBEU) e o Desenvolvimento Local de Japeri: Construindo diálogos e pontes
Coordenação: Mobiliza Japeri e Observatório de Metrópoles / IPPUR

Oficina de Fotografia
Coordenação: Coletivo Câmera na mão

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