Criado em 2019, o Raiz Orgânica é uma associação de produtores rurais que oferecem alimentos sem agrotóxicos e com preço justo na Baixada Fluminense. Localizados em Caxias, os sítios que compõem o coletivo são todos geridos a partir da agricultura familiar. Parte dos produtos orgânicos produzidos pelo Raiz são direcionados para famílias em situação de vulnerabilidade social. Conheça mais sobre esse trabalho:
1- Atuação dos produtores rurais
Em meio a um governo que aposta no agronegócio, a agricultura familiar tem sofrido com a falta de projetos e políticas públicas de apoio ao pequeno produtor. Esse embate se torna ainda mais prejudicial dentro do cenário de fome intensificado pela pandemia, o Raiz entende que alimentação de qualidade não deve ser um privilégio e por isso hoje investe parte da sua produção em doações. Todo esse trabalho também é feito junto a um planejamento de preservação do solo e das variedades de espécies plantadas nos sítios.
2- Conversa com o território
Na busca por democratizar o acesso à alimentação de qualidade, o Raiz tem como missão transformar os alimentos orgânicos em produtos possíveis para toda a população. Com o projeto Enraizados, o coletivo criou uma plataforma que fornece mensalmente cestas de orgânicos com preços acessíveis para os mais de 200 apoiadores da associação. Essa movimentação auxilia no escoamento da produção, ajuda a remunerar com dignidade os agricultores e a tornar possível as doações.
3- Efeito Raiz
Com o apoio do Fundo Casa, o coletivo buscou investir em aspectos estruturais dos sítios como uma forma de garantir no futuro uma colheita maior que potencialize as doações. Uma das idealizadoras do Raiz, Mariana Freire, falou sobre os investimentos feitos pelo Raiz com foco na alimentação de qualidade, variada, respeitosa e sem veneno.
“A gente decidiu usar os recursos do Fundo para investir na irrigação dos sítios, essa foi uma estratégia de potencializar o valor que recebemos. A gente poderia só ter doado cestas com essa verba, mas a gente pensou que melhorar nossa estrutura vai permitir que nos próximos meses a gente produza ainda mais alimentos e enfrente de forma mais consistente essa fome que se coloca tão presente no nosso território”, explicou Mariana.
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