O coletivo Vira-Lata é composto por profissionais de comunicação e produção cultural voltados para causas e movimentos. Apesar desse foco, durante este ano, o grupo conduziu a iniciativa Feirinha Solidária da Pavuna, um projeto de combate à fome que beneficia 50 famílias, aproximadamente 200 pessoas no total. O projeto promoveu segurança alimentar e também gerou um mapeamento sobre o território. Saiba mais sobre essa ação por 3 pontos:
1- Atuação da Feirinha Solidária da Pavuna
Um dos marcos culturais da região é a tradicional Feirinha da Pavuna, para esse trabalho emergencial de combate aos impactos da pandemia, o grupo quis ressignificar essa tradição. A Feirinha Solidária usa o nome para chamar atenção para a ação de entrega de cestas, que ocorreram na Arena Jovelina Pérola Negra e no Museu do Grafitti. Um dos principais diferenciais dessa entrega é a qualidade dos produtos, que são todos orgânicos.
2- Conversa com o território
A entrega das cestas e o acolhimento das famílias são feitas por mobilizadores que são também moradores da Pavuna. Muitas das pessoas que fazem parte do projeto também passaram por dificuldades durante a pandemia e se viram desempregadas dentro de um cenário de alta vulnerabilidade social. Durante as entregas, esses mobilizadores fizeram uma pesquisa com famílias, ampliando o diálogo com o território e também buscando novas formas de ajudar os moradores, como por exemplo, o encaminhamento para o Centro de Referência da Assistência Social (CRAS) da Pavuna.
3- Efeito Feirinha Solidária
Além das ações assistencialistas, o grupo buscou também entender mais sobre a situação das famílias apoiadas e as principais demandas que existem no território. A partir dessa pesquisa, a Feirinha produziu um mapeamento da Pavuna. Essa geração de dados cidadã vai ser usada agora na estruturação dos próximos passos do projeto, foi o que contou um dos integrantes do Coletivo Vira-Lata, Luciano Pimenta.
“A gente não quer parar, a partir desses dados estamos produzindo um relatório e daqui para frente queremos ampliar mais o debate sobre as necessidades alimentares da nossa região”, afirmou Pimenta.