Texto por

Data

Conheça o Cobradô, a nova plataforma de monitoramento da Casa Fluminense

Para ampliar o acesso da população da Região Metropolitana do Rio de Janeiro às informações sobre seus territórios, a Casa Fluminense lançou, no dia 6 de junho, o Cobradô, uma plataforma atualizável e interativa de monitoramento de dados. A ferramenta reúne indicadores sobre as dez prioritárias da Agenda Rio 2030, permitindo que lideranças, organizações e sociedade civil usem os dados como instrumento de monitoramento, mobilização e incidência política.

O lançamento aconteceu durante o Fórum Rio 2025, apresentado pela coordenadora de informação da Casa Fluminense, Luize Sampaio, e pela assessora de informação, Lorrayne Honorato. No evento, a Casa também apresentou um painel interativo, onde o público presente pôde navegar pessoalmente pelos os dados presentes na plataforma.

Ter uma plataforma acessível e interativa é o novo passo que a Casa Fluminense deu no trabalho de monitoramento da realidade do Rio de Janeiro. Pensado principalmente no apoio ao trabalho realizado por lideranças sociais engajadas em incidir por mudanças para seus territórios e comunidades. Incluindo a Rede de Lideranças da Casa, formada por integrantes das Agendas Locais, ex-alunos do Curso de Políticas Públicas e representantes de projetos apoiados pelo Fundo Casa Fluminense.

“O Cobradô permite que a população tenha acesso facilitado às informações sobre a realidade dos seus territórios, algo que já deveria estar garantido pelos governos municipais e estadual. A gente quer que essa plataforma esteja na rotina de lideranças sociais, para elas acompanharem com a gente a atualização dessas realidades e que isso apoie suas atuações e incidência política nos territórios”, compartilhou Luize.

O que encontrar no Cobradô?

A plataforma já está disponível para navegação e apresenta dados sobre: tarifa zero, clima, política do cuidado, pré-vestibulares gratuitos, CRAS, segurança, cultura e memória, moradia, saúde e planejamento público. Todos os dados foram produzidos como uma forma de monitorar o avanço ou retrocesso das propostas de políticas públicas apresentadas na Agenda Rio 2030.

Para a construção dos dados, a Casa Fluminense analisou bases como o Censo Demográfico e produziu informações através da Geração Cidadã de Dados, o que gerou mais de dez mapas interativos e indicadores temáticos. A plataforma também apresenta rankings de desempenho das cidades da metrópole do Rio e um monitoramento até 2030, que indica a aceleração ou desaceleração das desigualdades.

Para garantir que a plataforma seja atualizável, a Casa criou uma rotina de acompanhamento das prioritárias da Agenda Rio, em escala municipal e estadual, onde a organização fica de olho nos desenvolvimentos, avanços e retrocessos das políticas monitoradas pela plataforma.

A metrópole em dados

Entre os dados do Cobradô, a Casa Fluminense apresenta, por exemplo, o contexto de moradia e desafios climáticos da Região Metropolitana do Rio de Janeiro, alertando que 66% dos domicílios da metrópole estão localizados em ilhas de calor

A equipe de informação também destaca os dados de cultura e memória, onde o Censo mapeou 23 quilombos e 5 aldeias na RMRJ. Luize apresentou um alerta sobre a exatidão dessa informação, já que o Censo não monitorou de forma abrangente essas comunidades nos últimos anos.

“O censo existe desde 1879 e a primeira vez que ele mapeou a população quilombola foi no último censo. Ou seja, a gente tem mais de 150 anos de apagamento dessa população.  Também ficamos nos perguntando qual é o número exato das aldeias que temos na metrópole do Rio, já que o censo não mapeou isso de forma adensada. Se essas populações não são mapeadas e contabilizadas, como se constrói políticas públicas direcionadas para elas?“, provoca a coordenadora de informação, Luize Sampaio.

Ter transparência e acesso a dados facilitados também é uma estratégia de incidência política e provocações como essa apresentada pela Luize. Por isso, o Cobradô, a nova plataforma de monitoramento da Casa Fluminense, abre um espaço aberto e facilitado de monitoramento e fiscalização cidadã das 22 gestões municipais da Região Metropolitana do Rio de Janeiro, projetando mais participação da sociedade civil na elaboração de políticas públicas para a Metrópole do Rio de Janeiro.

Compartilhe

Conteúdo Sugerido

Nós armazenamos dados temporariamente para melhorar a sua experiência de navegação e recomendar conteúdo de seu interesse. Ao utilizar nossos serviços, você concorda com nossa Política de Privacidade.

Feito com WP360 by StrazzaPROJECT