A Casa Fluminense acaba de lançar o Casa Aberta, uma nova publicação voltada a compartilhar dados, ferramentas e experiências na construção de diagnósticos sobre a realidade de territórios e comunidades. A proposta é tornar a informação produzida pela organização ainda mais acessível, apresentando o passo a passo, desde a origem dos dados até o seu tratamento e análise, de forma simples e útil para a sociedade civil.
A construção de um Rio mais justo e menos desigual depende de diagnósticos precisos, dados transparentes e reflexões fundamentadas sobre os contextos territoriais. Por isso, a Casa Fluminense tem se dedicado a esse trabalho por meio de projetos como o Mapa da Desigualdade, Painel Climático, De Olho no Transporte, Cobradô. Publicações voltadas para o monitoramento e diagnóstico, produzindo dados de forma transparente e interseccional, a partir da escuta ativa de lideranças territoriais e considerando as realidades das periferias e favelas da Região Metropolitana do Rio de Janeiro.
O Casa Aberta vem para potencializar ainda mais esse acesso, deixando compreensível para quem quer saber mais sobre como a Casa produz os dados presentes nas suas publicações de monitoramento. O lançamento da Casa Aberta aconteceu durante o II Seminário Geração Cidadã de Dados e trouxe como destaque o aprofundamento sobre o Cobradô, a plataforma de monitoramento da Casa Fluminense, que reúne dados atualizados sobre as 10 políticas prioritárias da Agenda Rio 2030.

“Durante a oficina, os participantes puderam “colocar a mão na massa” e produzir, junto conosco, um conjunto de dados utilizando a metodologia de Geração Cidadã de Dados (GCD), disponibilizada no Casa Aberta. Levar conhecimento, ouvir como os participantes utilizam os dados em seus territórios e vê-los engajados ativamente na proposta da Casa Fluminense, identificando os principais desafios dessa produção, torna todo o percurso ainda mais significativo.”, compartilha Lorrayne Honorato, assessora de Informação da Casa Fluminense.
O Casa Aberta Cobradô é mais um passo da Casa em direção a transparência e compartilhamento das metodologias utilizadas pela organização no monitoramento da Região Metropolitana do Rio de Janeiro. Pensando no fortalecimento da atuação das lideranças da Rede Casa, da sociedade civil e de organizações sociais, que querem usar os dados como uma ferramenta de monitoramento de suas realidades e de incidência política.
A publicação compartilha a metodologia de construção da plataforma de monitoramento, o Cobradô. Nela é possível acessar detalhes dos critérios de escolha das fontes, explicação como os dados foram organizados e apresentação de cada um dos métodos apresentados na plataforma: mapa, indicador, projeção e ranking.


Por que abrir os dados?
Há 12 anos, a Casa Fluminense atua na promoção da justiça social e no fortalecimento da democracia na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, com foco no monitoramento e na incidência de políticas públicas. Por isso, apostar no compartilhamento dessas ferramentas é também investir no futuro da metrópole e do Brasil, a partir de dados e diagnósticos que mostrem a realidade de favelas, territórios e comunidades, e potencialize a atuação e a incidência políticas de lideranças e organizações.
“Tem muitos bastidores sobre a produção de dados que podem ser tão estratégicos de serem compartilhados como o próprio dado em si. Depois de mais de uma década monitorando e criando indicadores sobre a metrópole, estamos em uma força-tarefa de sistematizar como, por onde e com quem nós produzimos dados. Queremos que indicadores como o “peso da tarifa” sejam replicados em outros municípios, estados e regiões brasileiras. Para que discussões como a tarifa zero, que estão em alta no Rio, sejam pautadas em todo o Brasil a partir do que importa: a justiça social. A Casa está aberta para gerar dados de enfrentamento à desigualdade”, afirma Luize Sampaio, coordenadora de informação da Casa Fluminense.

Com o Casa Aberta, a organização quer alcançar principalmente a sociedade civil, chamando todos para conhecer de perto seus processos de produção de dados e análises, fortalecendo a capacidade de lideranças e organizações sociais de atuar com base em evidências e a partir da Geração Cidadã de Dados.
O Casa Aberta é mais uma iniciativa que reafirma o compromisso da Casa Fluminense em abrir as portas dos dados para que mais pessoas possam entender de forma descomplicada a realidade dos seus territórios, produzir seus próprios dados, questionar e propor soluções para os desafios para seus territórios e comunidades.
Acesse o Casa Aberta e descubra como usar os dados para transformar a sua realidade.