Um protesto realizado nesta quinta (29) no portão 3 da Central do Brasil reivindicou melhorias nos trens da Supervia. O ato “Chega de Morrer Pelas Mãos da Supervia, Nossas Vidas Importam!” foi organizado pelos familiares de Joana Bonifácio, jovem de 19 anos que morreu após ficar com o pé preso em uma das portas de uma composição que partia da estação Coelho da Rocha, no ramal Belford Roxo, no último dia 24 de abril.
A manifestação começou por volta de 17h30. As principais pautas defendidas foram a revitalização das estações dos ramais Belford Roxo e Japeri e a garantia da segurança dos usuários. Cerca de 10 oradores fizeram uso da palavra, incluindo parentes de Joana e representantes de partidos políticos e movimentos sociais. Eles denunciaram o descaso existente no serviço de trens de passageiros e a falta de atenção do Poder Público em relação ao que acontece nas áreas periféricas da região metropolitana. “Há uma tendência de que os serviços sejam mais precários na Baixada e isso precisa mudar”, afirmou Douglas Almeida, do Fórum Grita Baixada. De acordo com Teresa Gouveia, mãe de Joana, a Supervia não prestou nenhuma assistência à família após o acidente. “Eles só me procuraram no último dia 27, provavelmente depois de saberem que faríamos esse protesto”, disse ela. A Supervia não enviou nenhum representante ao ato, que terminou perto das 20h.
Uma da principais articuladoras da manifestação foi Rafaela Albergaria, prima de Joana. Segundo ela, os manifestantes criaram no Facebook a página “Fala, passageiro” para reunir relatos de problemas verificados nas composições e têm a intenção de marcar uma audiência pública para apurar a questão das mortes nos trens, que estariam sendo subnotificadas. “Minha prima foi vítima do descaso e descobrimos que sua morte não foi a única a ocorrer nos trilhos nos últimos tempos”, afirmou Rafaela.
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