Em Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio, um grupo de jovens fundou o coletivo Martha Trindade para monitorar a emissão de gases poluentes e cobrar mudanças no distrito industrial da região. Esse é um caminho para a geração cidadã de dados. No Leste Fluminense, o Observatório de Itaboraí desenvolveu uma agenda local cobrando tarifa zero no transporte público, essa é uma incidência política. Na Baixada Fluminense, o grupo Visão Coop está produzindo o documentário só com personagens da região chamado “Como Sobreviver ao Racismo Ambiental”, essa é uma forma de popularizar o tema.
O que esses projetos têm em comum? Todos já foram contemplados pelo Edital Agenda Rio 2030 e são exemplos da diversidade que marca a escolha dos projetos do Fundo Casa Fluminense.
Projete agora um novo futuro para o seu território
Engajados na melhoria dos seus territórios e na busca por soluções de curto e médio prazo aos desafios enfrentados, a Casa Fluminense acaba de abrir inscrições para mais uma edição do Fundo. O Edital Agenda Rio 2030: Enfrentamento ao Racismo Ambiental, Geração Cidadã de Dados e Incidência Política já está nas ruas e esse ano tem um foco nesses três pilares que são estratégicos como o contexto atual da metrópole fluminense. Neste ano serão selecionados 25 projetos que receberão um apoio de 12 mil reais cada. No marco dos 10 anos da Casa, o Fundo chega ao feito de mais de um milhão de reais distribuídos em projetos da periferia do Rio.
A Casa vai escolher entre coletivos, movimentos sociais, organizações e iniciativas econômicas de todas as periferias dos 22 municípios da Região Metropolitana do Rio de Janeiro. As inscrições iniciaram hoje (04/05) e vão até 23h59 do dia 21 de maio. O resultado será divulgado no dia 7 de junho.
Essa é a sétima edição do Edital Agenda Rio do Fundo Casa Fluminense, que tem sido amadurecido para ser um espaço de suporte para os projetos locais que apoia. Então, os contemplados deste ano vão contar também com oficinas de: prestação de contas, guia para as agendas locais, de relatório narrativo, incidência política territorial, de como tirar o CNPJ, advocacy, avaliação de impacto e momentos de trocas de experiências com os outros projetos selecionados. A ideia é que com esse movimento, o edital consiga fortalecer a atuação de organizações da sociedade civil na metrópole e impulsionar o debate de políticas públicas a partir da Agenda Rio 2030. Além disso, todas as iniciativas contempladas também receberão acompanhamento e monitoria da equipe da Casa Fluminense.
Entenda o foco do edital 2023
Da romantização do calor extremo à ineficiência no combate às enchentes, o estado do Rio de Janeiro é responsável por mais ⅔ das mortes causadas por desastres ambientais do país nos últimos 10 anos. Esse cenário repete uma lógica global quando analisamos quem são os grupos mais impactados são sempre aqueles que menos contribuem para essa crise. Pensando nisso, o edital é voltado para lideranças sociais periféricas, com protagonismo das mulheres, dos negros e negras, da juventude, da população LGBTQIA+ e outros grupos que mais experimentam seus efeitos e, historicamente, menos acessam recursos de fomento.
Os projetos podem utilizar o edital de três diferentes formas: no fortalecimento institucional, na elaboração de uma Agenda Local ou na realização de uma ação voltada para a solução local.
Além deste contexto, outros critérios de seleção cruciais para a seleção como:
- Alinhamento com uma ou mais propostas da Agenda Rio 2030
- Interseccionalidade com as justiças de gênero, raça, econômica ou climática
- Ações de defesa de direitos, no combate à desigualdade ou ao racismo ambiental
Confira mais informações no edital completo que está disponível aqui.