Casa inicia rodada de encontros para discutir a Agenda Rio deste ano

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Comunicação Casa
Data
7 de fevereiro de 2020

Ano de eleição é momento de atualização da Agenda Rio. Se em 2019 a Casa Fluminense se dedicou ao monitoramento do conjunto das 40 propostas de políticas públicas que compõem a publicação — que resultou na pesquisa consolidada no Painel Agenda Rio — 2020 traz consigo um novo desafio de formulação e atualização coletiva das propostas da Agenda Rio 2030, conectadas aos desafios vividos na realidade dos municípios da Região Metropolitana do Rio de Janeiro e atentas ao contexto político estadual com a eleição de Wilson Witzel para o Governo do Estado.

Coletividade é a palavra-chave para a pensar o processo de formulação e também atualização da Agenda Rio 2030, por conta disso, a Casa Fluminense realizou, nesta segunda-feira (03/02), o primeiro de uma série de encontros que vão reunir, neste semestre, a população, representantes das organizações civis e parceiros da Casa. A edição anterior contou com a colaboração de mais de 50 organizações, movimentos e coletivos da rede de parceiros, e a ideia é que esta 4ª edição da Agenda seja um espaço de proposições plurais, contemplando a realidade metropolitana do Rio de Janeiro. 

Participaram do primeiro encontro a pesquisadora e membro do Mecanismo Estadual de Prevenção e Combate à Tortura, Rafaela Albergaria; coordenadora do portfólio de política e engajamento do Instituto Clima e Sociedade (ICS), Alice Amorim; conselheira da Casa Fluminense e membro do Nossas, Débora Pio, e o fundador do Observatório de Favelas da Maré e do Instituto Maria e João Aleixo, Jailson de Souza e Silva. Essa primeira apresentação do projeto serviu para acolher sugestões e levantar debates sobre quais assuntos precisam ser prioridades.

Para além dos eixos temáticos que orientam a subdivisão da publicação, tais como Mobilidade, Saneamento e Segurança, a edição 2020 da Agenda Rio 2030 vai contar com quatro pilares que devem embasar e atravessar todas as propostas da Agenda: justiça econômica, justiça racial, justiça de gênero e justiça ambiental. O olhar interseccional sobre o conjunto de propostas busca responder uma leitura sobre como as desigualdades historicamente se estruturam e se materializam nas dinâmicas sociais.

A escuta ampliada é parte fundamental do processo de atualização da Agenda Rio.
foto: Taynara Cabral

A Agenda Rio e o projeto de cidade que queremos

Foi discutido durante a reunião que tipo de cidade se quer construir. Esse debate passou por temas cruciais e diverso mas, mostrando que eles atravessam pontos comuns como, por exemplo, o debate entre racismo e os problemas ambientais. Para Rafaela Albergaria, é importante discutir esses atravessamentos para sairmos do campo das ideias. “A gente precisa olhar a política por cima da chave, materializar esses assuntos que estão colocados hoje de uma forma muito abstrata. Pensar a política é central e tem que ser também transversal”, explicou Rafaela. 

A Agenda Rio chega em 2020 com o desafio de conseguir olhar para o trabalho que já foi feito e buscar novos cenários. É isso que o coordenador da Casa Fluminense, Henrique Silveira, enfatizou no encontro de hoje. “Precisamos sim olhar o que já fizemos, porque não estamos partindo do zero. Mas, o desafio agora é trazer inovação, conseguir transversalizar o debate. A Agenda pode ajudar a coesionar o campo e trazer mais coletividade” afirmou o coordenador. 

Seguindo a meta da Casa deste ano, que é de influenciar o debate público, a Agenda Rio vai buscar nesta edição aprofundar ainda mais a discussão de raça e gênero e buscar falar com um público mais amplo. Durante reunião, o coordenador de informação da Casa, Vitor Mihessen, afirmou que o documento tem uma função dupla. “A Agenda é para apresentar demandas para o executivo e legislativo mas também é pensada para auxiliar o monitoramento e incidir no debate público”, explicou Mihessen.

Etapa de contribuições para a atualização vai até abril

A Agenda Rio tem uma importância transversal dentro da Casa Fluminense, reunindo um apanhado de informações, trocas e sugestões que são coletados através de entrevistas e atividades realizada pela Casa em toda a Região Metropolitana do Rio de Janeiro. A ideia é que o projeto seja em páginas o que a Casa Fluminense busca ser no seu dia a dia: um espaço de reflexão coletiva com ambientes de convergência de políticas públicas. O processo de atualização da Agenda vai até o mês de abril e em junho, a nova edição será lançada no Fórum Rio 2020.

Quer contribuir neste debate? A Casa está aberta para receber suas experiências e diagnósticos que possam ajudar na produção da Agenda Rio. Para facilitar essa troca, vamos disponibilizar aqui um formulário para você enviar sugestões sobre propostas, desafios, boas práticas ou até mesmo indicadores que possam ser importantes na construção da nova Agenda Rio 2030. 

Agenda Rio

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