Texto por

Data

4º FÓRUM RIO – Mesa 1: Cultura e Jogos Olímpicos: o legado para a metrópole

Encaminhamentos da mesa:

  • Incentivo à organização do circuito cultural da Zona Oeste;

 

  • Revitalização das áreas degradadas e ociosas da região para uso da cultura;

 

  • Ocupação do espaço público de modo organizado;

 

Ecio Salles (Flupp), Anderson Da-Vila (Teatro Mário Lago) e Fabio Lima (Ministério da Cultura – RJ) foram os palestrantes da mesa “Cultura e Jogos Olímpicos: o legado para a metrópole”, que fez parte da programação do 4º Fórum Rio.

A menos de um ano e meio para os Jogos, a dúvida sobre o legado cultural metropolitano de um dos maiores eventos do mundo permanece. A desconfiança aumenta ainda mais em função do último grande espetáculo sediado no Brasil: A Copa do Mundo de 2014.

Apesar de ter sido um sucesso dentro dos gramados, o evento foi criticado pelo caráter elitista e pela falta de legado, especialmente no âmbito da cultura. A frase “Copa para quem?” se tornou um bordão constantemente repetido e enfatizado por um grupo significativo da sociedade.

Na Zona Oeste, a carência histórica de políticas públicas para cultura escancara a negligência do Estado e a priorização de investimentos em outras áreas. Pablo Ramoz, mediador do debate, comentou a gravidade do problema: “Do ponto de vista econômico, a Zona Oeste vive um deserto cultural e é perceptível a falta de fomento cultural na região por meio de políticas públicas”, afirmou.

Fábio Silva ressaltou o maior desafio das Olimpíadas de 2016. “Ela precisa ser um passo no direito à cidade e a um lugar mais igualitário”, afirmou. Para o representante do Ministério da Cultura, a cultura é a expressão fundamental da revolução e, por isso, não deve ser colocada em segundo plano. Ao reconhecer o fracasso da Copa nesse sentido, Fábio destaca os cuidados que o governo precisa tomar. “Não podemos ter uma Olimpíada branca, burguesa e elitista”, disse.

A necessidade de continuar as iniciativas culturais pós-Olimpíadas foi um ponto unânime no debate. De acordo com Pablo Ramoz, a cultura não pode virar sinônimo de evento. “Como beneficiar os produtores culturais que não foram contemplados pelos editais? E depois das Olimpíadas acaba tudo? Não é isso que queremos”, afirmou.

Compartilhe

Conteúdo Sugerido

Nós armazenamos dados temporariamente para melhorar a sua experiência de navegação e recomendar conteúdo de seu interesse. Ao utilizar nossos serviços, você concorda com nossa Política de Privacidade.

Feito com WP360 by StrazzaPROJECT