Curso de Políticas Públicas 2022 gerou Agendas, cartilhas e laços

Texto por
Luize Sampaio
Data
3 de agosto de 2022

Depois de quatro meses de trocas intensas, o Curso de Políticas Públicas encerrou sua edição de 2022. A turma deste ano se destacou pelos encontros, lideranças de um mesmo território que só se conheceram através da formação. Das aulas saíram cartilhas, eventos e até novas agendas locais, esse é o tipo de resultado que a Casa Fluminense mais espera do curso: integração entre projetos e territórios. Foram no total 15 encontros e duas atividades externas, a turma contou com aulas de lideranças como: Tainá de Paula,  Pablo Nunes, Thula Pires, Mariah Rafaella e Marcelle Decothé. 

Sementes do CPP 

Uma cartilha para mulheres de São Gonçalo 

Duas lideranças de São Gonçalo se reencontraram no Curso de Políticas Públicas. A advogada e fundadora do Projeto Lilás, Paola Lima, e a doula e ativista do Espaço Gaia, Laura Torres, lutam pela mesma causa, o direito de escolha e vida da mulher. Durante as aulas, inspiradas pelos outros alunos, as duas começaram a pensar de que forma poderiam unir forças e ampliar o debate sobre o direito da mulher na sua cidade. Dessas trocas em sala surgiu a Cartilha sobre Violência Obstétrica, Doméstica e Dignidade Menstrual que será lançada no dia 13 de agosto, às 14h, no Centro Cultural Joaquim Lavoura. 

A Paola falou sobre como o curso foi o espaço que uniu as duas gonçalenses. 

“Eu e Laura somos de São Gonçalo mas foi durante as aulas que fomos conversando mais e entendendo o que a gente podia fazer pela nossa cidade. Queremos reforçar que toda mulher tem direito a um acompanhante na maternidade e também a ter uma doula acompanhando seu parto. Foi assim que surgiu a cartilha, que traz todas as leis que tratam sobre esses tipos de violências para que todas saibam o que deve ser feito nessas horas. Essa parceria fez com que a gente passasse a pensar para além do nosso bairro, ́ começamos a ter  uma visão macro sob o nosso município.”

Foto: Arquivo pessoal

Uma Agenda para Rio das Pedras 

A ativista social e moradora de Rio das Pedras, Erika Alves, trabalha há 10 anos com ações sociais na sua comunidade. Ela é uma das coordenadoras da ONG Semeando Amor e conheceu o curso através da agenda local Santa Cruz 2030. No curso, ela encontrou outros moradores de seu território e pôde colocar em prática um sonho, criar uma agenda para Rio das Pedras.

“Eu já tinha essa vontade de construir algo que fosse permanente para os moradores daqui. Acho que por isso fiquei extremamente impactada com a Agenda de Santa Cruz, com todas as demandas e as parcerias que eles conseguiram mobilizar, pensando nas particularidades daquele local. Achei tudo incrível e logo me veio o estalo que era isso que queria para Rio das Pedras. No curso, conheci a Bruna Neres e juntas conseguimos criar um grupo para a produção de uma agenda para nossa comunidade”, contou a aluna.

Moradores afirmam que querem uma Agenda para Rio das Pedras 2030 para ontem

Depois da dupla, mais e mais pessoas foram criando essa produção, das primeiras gerações de moradores até jovens pesquisadores que queriam estudar e contribuir com o seu território.  Um dos principais temas da Agenda é a crise climática, Erika acredita que esse tema fez com que mais pessoas se interessassem em ajudar a publicação já que todos têm sentido na pele os efeitos climáticos.

“Fiquei surpresa com a quantidade de pessoas fora da minha rede que tem se aproximado justamente pelo tema, muitas famílias já estão atentas na questão climática e querem debater o que pode ser feito. Então assim, o curso além de ter sido um espaço que me deu muito ânimo foi o lugar onde eu encontrei ferramentas e pessoas para buscar soluções para o meu território. O curso mudou toda sua trajetória, hoje eu sei que caminhos seguir”, completou Érika. 

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