Na semana em que é comemorado o dia mundial da justiça social, a Casa Fluminense apresentou para um grupo de parceiros e apoiadores o plano de construção da 4° edição da Agenda Rio 2030. A defesa de políticas públicas para justiça social está na visão estratégica do documento, agora em estruturação a partir de 4 valores: justiça racial, econômica, ambiental e de gênero.
Como de costume, a Casa Fluminense vem organizando uma série de eventos de escuta ativa e dinâmicas para ajudar a diversificar a elaboração do documento. O segundo desses encontros foi realizado na Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), em parceria com a Rede Pró-Rio. Mais de 50 pessoas dedicaram a tarde desta terça-feira, dia 18 de fevereiro, para trazer sugestões de ações alinhadas às justiças citadas acima e aos 10 eixos prioritários, que são de setores responsáveis por coordenar direitos sociais básicos. Esses eixos ficaram divididos em: transporte, habitação, emprego, segurança cidadã, saúde educação, cultura, assistência social e gestão pública.
Foi a partir destes eixos temáticos que os grupos de trabalho do encontro foram montados. Os participantes se dividiram a partir dos seus assuntos de interesse e atuação para discussão em grupo. Depois, uma sequência de apresentações dos pontos debatidos apresentou ideais e propostas para o processo de atualização da Agenda. Por mais que os eixos tratem de setores diferentes, algumas demandas propositivas se repetiram como: melhor distribuição de investimento público; equidade de oportunidades pensando em gênero e raça; valorização da história africana e da cultura afro-brasileira; cidades mais acessíveis e seguras para mulheres e crianças; e formação continuada e humanizada para os servidores públicos em diversas áreas, desde a segurança à assistência social.
Outras novidades da Agenda Rio deste ano é o eixo da saúde, a tecnologista na FioCruz e coordenadora na Rede Pró-Rio, Luiza Silva, participou do debate desse tema que é urgente no Rio. “ A Região Metropolitana do Rio concentra ¾ da nossa população, isso não é pouca coisa. É uma proporção muito cruel do ponto de vista do impacto ambiental e o tamanho da desigualdade. Isso gera uma dificuldade para lidar com os seus impactos e ela acaba sendo um determinante social da saúde pública. Eu que sou dessa área, estou aqui tentando construir ações de acordo com essa linha de atuação”, afirmou a coordenadora.
Próximos passos da nova Agenda Rio 2030
O documento também é a agenda propositiva do Giro 2020, uma iniciativa da sociedade civil que busca fortalecer a democracia, antes, durante e depois das eleições através de processos formativos, mobilização social e monitoramento cidadão. No seu período de atualização, a cada dois anos, um dos objetivos da Agenda Rio é buscar qualificar o debate sobre as prioridades para as cidades da Região Metropolitana do Rio.
Como próximos passos, as trocas ao longo do encontro serão sistematizadas e servirão de insumo para o processo de atualização da Agenda Rio 2030. Para quem não esteve presente e deseja se engajar na proposição de mudanças para o Rio, é possível enviar sugestões preenchendo o formulário online de contribuições aqui. Além disso, uma série de entrevistas com lideranças sociais e pesquisadores também produzirão insumo para a construção do documento final.
Quer ficar por dentro dos próximos eventos que também contribuirão com a construção da 4ª edição da Agenda Rio 2030? Anote na agenda e em breve divulgaremos mais informações:
28 de maio | Debate virtual Justiça Socioambiental e Saneamento no Rio de Janeiro: Pensando as Cidades em tempos de pandemia
Junho (nova data a confirmar) | Lançamento dos Mapas da Desigualdade 2020
Agosto (nova data a confirmar) | Lançamento da nova Agenda Rio 2030 no Fórum Rio