A atual crise do governo estadual do Rio de Janeiro coloca em risco políticas públicas necessárias à garantia de direitos. Com o objetivo de refletir sobre esse cenário e desenhar estratégias para assegurar conquistas, a Casa Fluminense reuniu a rede de parceiros no 8º Fórum Rio, realizado neste sábado no Museu de Arte Contemporânea de Niterói. Organizações de toda a metrópole, como o Fórum de Transparência e Controle Social da cidade, a Redes da Maré, o ISER e o Instituto Enraizados estiveram presentes.
O evento foi aberto com um minuto de silêncio em homenagem à Dora Negreiros, fundadora do Instituto Baía de Guanabara, e Alair Rebecchi, criador da CEB Dona Veridiana, de Santa Cruz. Figuras importantes na história da rede de parceiros da Casa, ambos faleceram na última semana. O dia de trabalho foi dedicado a eles.
Na abertura, Guilherme Vergara, diretor do MAC, falou da importância da instituição museu se abrir para as questões que são importantes para a cidade e seus cidadãos. “O MAC, se tirarmos arte, temos Museu do Contemporâneo, e o contemporâneo reivindica formas inovadoras de organização política como esta”. José Marcelo Zacchi, diretor geral da Casa, saudou a presença dos parceiros neste que é um momento de encerramento do ciclo de criação e implantação da instituição. “O cenário político atual mostra claramente que chegamos a um limite, mas a página em branco oferece muitas oportunidades e é a nossa atuação articulada hoje que permitirá a colheita no longo curso”, disse ele.
Três mesas de palestra aconteceram simultaneamente na parte da manhã. Especialistas e ativistas buscaram levantar e debater prioridades no campo da segurança pública, mobilidade e saneamento básico. Para Antônio Oscar, do Fórum de Transparência e Controle Social de Niterói, o evento ajudou a consolidar a visão metropolitana das políticas. “Em 2017 nosso principal desafio será garantir o acesso à informação como direito fundamental, pois a partir dele é que o cidadão pode participar de forma qualificada da formulação de políticas e acompanhar sua implementação monitorando-as”, disse ele.
Na parte da tarde, os participantes se dividiram em duas plenárias, uma voltada aos desafios à atuação articulada da sociedade civil e outra sobre ferramentas para incidência e monitoramento das políticas públicas. “O ponto alto do Fórum é o fato de que reúne pessoas de municípios e backgrounds diferentes e permite que vejam que os desafios são comuns e formas criativas de enfrentá-los podem ser replicadas”, opinou Luiza Fenizola, repórter da ONG Comunidades Catalisadoras e moradora do município do Rio.
O evento contou com os expositores da Feira de Integração ao longo de todo o dia. Além do stand da Casa, voltado a divulgar a campanha de crowndfunding do Fundo de Ações da Casa, Anistia Internacional apresentou a Maratona Escreva por Direitos. No encerramento a Orquestra de Corda da Grota e o Coral More fizeram uma apresentação de canto e dança, fechando o último Fórum Rio de 2016.
Confira os principais pontos e encaminhamentos levantados no encontro: