No início da pandemia ficamos com muito medo porque o meu marido é autônomo, trabalha de obra em obra. Ele chega de um serviço e já tem que sair para outro. Receber o auxílio emergencial foi um alívio, mas a gente sabia que ele não ia durar para sempre e aí pensei: vai acabar esse dinheiro e quando acabar o que vou fazer? Se o auxílio continuasse mais tempo ia ser muito bom, meu foco ia ser melhorar as coisas aqui de casa, dar o melhor para meus filhos. Já tentei receber o Bolsa Família por oito anos, mas, sem justificativa, meu cadastro estava sempre bloqueado."

Ana Cristina, de 39 anos, mãe de cinco filhos e moradora do Jardim Iguaçu, em Nova Iguaçu