Um alagoano na Floresta da Tijuca

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Texto por
Marcelo Cabral
Data
29 de novembro de 2014

Um ano atrás deixei a capital alagoana, minha bela Maceió, e peguei a BR 101 rumo ao Rio de Janeiro, na solidão da estrada, com a mudança na mala e na cabeça, e o endereço de uma praça na Tijuca anotado em um papel. Minha companheira, com quem eu vivia em Maceió, havia sido aprovada em um doutorado da UFRJ e já estava morando no Rio, onde encontrou um apartamento na Tijuca para morarmos, entre a Praça Saens Peña e o Maracanã. Ótima localização, garagem, vista para as montanhas e para uma dessas pedras enormes, com uma mata em cima, que só surgem no meio da cidade do Rio de Janeiro.

Um ano depois, somos dois apaixonados pela Tijuca. Encontramos ótimos bares e restaurantes, um intenso comércio, facilidade com transporte e o monumental Estádio do Maracanã, onde praticamos nossas atividades físicas (quase) diárias. Ela corre e eu ando de skate. Mas de todas as coisas que adoro na Tijuca, uma é muito especial para mim, que é o Parque Nacional da Floresta da Tijuca.

Maceió, assim como o Rio, tem belas praias, mas diferente da capital fluminense, Maceió é uma das capitais menos arborizadas do país e não conta com tantos espaços públicos verdes como parques e praças. Sou um colecionador de cachoeiras, sempre disposto a conhecer uma nova queda d’àgua ou me embrenhar em trilhas nas matas. Em Alagoas eu precisava cair na estrada e rodar mais de 60 Km para encontrar uma cachoeira, ou em longas viagens para a Chapada Diamantina, no sertão baiano, e ainda é difícil para mim acostumar com a ideia de viver em um lugar como a Tijuca, a 15 ou 20 minutos de carro de um banho revigorante na Cachoeira das Almas, na Floresta da Tijuca, um verdadeiro privilégio.

Logo no primeiro mês morando na cidade, procurei saber qual era o pico mais alto do parque, e subi a trilha do Pico da Tijuca (1.022 metros de altitude), com a recompensa de uma vista espetacular em 360 graus da Cidade Maravilhosa. Desde então já levei até o pico vários amigos de outros estados que visitam a cidade. Frequento tanto o parque que já me vi, mais de uma vez, dando dicas a desconhecidos turistas estrangeiros sobre quais trilhas seguir para chegar onde pretendiam, com seus mapas impressos da internet. Por tudo isso é que a Floresta da Tijuca é o meu lugar no Rio de Janeiro.

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