02. Mobilidade Sustentável

Novos modos de circulação para um novo horizonte de bem-estar na cidade

Mobilidade plena é bem mais que transportes. Supõe o reordenamento dos fluxos no espaço urbano, a integração eficaz dos seus usos, o combate à segregação socioespacial. Em outras palavras, um sentido de desenvolvimento capaz de refazer a experiência cotidiana na cidade para todos, sob pena do colapso diário compartilhado.

Entre 2010 e 2020 os trens metropolitanos do Rio, que transportam em média 620 mil passageiros por dia, receberão R$ 1,2 bilhões de investimentos públicos. A linha 4 do metrô, que liga a Zona Sul da capital à Barra da Tijuca, receberá R$ 8,5 bilhões do Governo do Estado, podendo vir a transportar, no máximo, 300 mil passageiros diariamente.

Gestão de transportes é muito mais que a multiplicação de vias e veículos. Presume sistema, articulação eficiente de modos múltiplos de estar e de circular pela cidade. A pé, em bicicleta, de ônibus, BRT, barca, metrô ou trem, em moto ou carro, e outros meios que estejam por surgir. Prioridade à circulação local, por calçadas ou ciclovias, ao transporte público, e compartilhamento de veículos individuais. Frequência, previsibilidade e conforto, além da disponibilidade. Abertura para o futuro, de baixo carbono e de inovação tecnológica, no qual o funcionamento do conjunto, com opções diversas segundo trajetos, momentos e usuários, será sempre mais importante do que qualquer serviço em particular.

2 milhões de pessoas na metrópole deixam seus municípios de residência diariamente para acessar oportunidades de lazer, estudo e trabalho nas áreas privilegiadas da capital. Um réveillon por dia, não festejado.

Construindo sobre esses princípios, o Rio tem a oportunidade de vislumbrar a superação gradual daquele que é hoje talvez o principal dreno de qualidade de vida no dia a dia dos seus moradores. Corresponder de forma qualificada aos 2 milhões deles que deixam diariamente seus municípios de residência para buscar oportunidades de lazer, estudo e trabalho nas áreas privilegiadas da capital. Deixar o posto de metrópole com maior tempo diário de deslocamento casa-trabalho no país, além de um dos maiores do mundo. Prover o acesso pleno, a um tempo mais democrático e eficiente, a tudo que a cidade oferece.

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